

A família e a virtude (escrito para o blog de Lu Lacerda)
Sempre prezei minha família. Em pequeno, eu tinha o maior orgulho da enorme barriga do meu avô, sempre coberta por uma camisa branca, geralmente marcada por furinhos deixados pelas cinzas que caíam do charuto mastigado que ele guardava na boca, mesmo quando tirava um cochilo na poltrona, depois do jantar. Para mim, ele era uma espécie de super-herói que podia afastar todo o mal e violência do mundo apenas com algumas barrigadas. Orgulhava-me também da minha avó, sempre proven